No lugar de computadores restritos às aulas de informática, a Uerj promete inovar no próximo semestre com o uso de novas tecnologias em diversas disciplinas. Batizada de Revoluti, a nova estrutura conta com computadores e mobiliário flexíveis, com focos em diferentes formas de trabalho e a opção de remodelação do ambiente para promoção de jogos, debates e mostras.
— Não basta introduzir uma máquina, acreditando que se consigam soluções mágicas. Nossa pesquisa
trata o computador em sala de aula como reconfigurador cultural. Ele não pode se tornar apenas um caderno eletrônico, e sim viabilizar diferentes formas de interação — diz o professor Henrique Sobreira, doutor em Educação pela UFRJ, responsável pela coordenação pe-dagógica do projeto.
Com base em estudos sobre diferentes modelos de ensino, Sobreira chegou ao conceito teórico da Revoluti. A execução ficou por conta dos designers Eduardo Cronemberger, Diogo Lage e Gil Guigon.
— Apesar de os computadores já existirem nas faculdades, eles são usados para assuntos específicos, sem uma mudança estrutural. A ideia é que a sala não seja útil somente nas aulas de informática, mas em todas as disciplinas — diz Lage.
(JORNAL "O GLOBO"/GLOBO-Tijuca em20.01.2011)
UERJ da Baixada cria modelo de sala de aula do futuro
O
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica(SAEB),
foi criado em 1990 para que o sistema educacional brasileiro fosse conhecido, pode ser disponibilizado para toda a sociedade acompanhar a
evolução dos desempenhos das escolas através de dados levantados e apresentados sobre a qualidade dos sistemas
educacionais por Unidades da Federação
(Estados), por regiões geográficas e a nível do Brasil como um todo A realização é a cada dois
anos e a avaliação é feita de apenas uma amostra representativa dos alunos
matriculadosnas séries finais do primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental (5º e 9º ano) e do ensino médio (3º ano) das escolas públicas (municipais, estaduais e federais) e privadas
de todo Brasil. É dividido em 2 eixos:
- ANEB (Avaliação Nacional da
Educação Básica) com foco nas gestões dos sistemas educacionais
- ANRESC (Avaliação Nacional do Rendimento Escolar) ou Prova Brasil com foco em cada unidade escolar da área urbana e rural e que tenham no mínimo 20 alunos.
Em 2005, a Prova
Brasil passou a ser aprincipal avaliação do desempenho dos alunos por níveis de competências cognitivas e das habilidades essenciais em Língua Portuguesa e Matemática. Supervisionada pelo INEP/MEC e usada como referência pelo
IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) para medir o
resultadodo rendimento das escolas
públicas do país. Os resultados de desempenhos são expressos em escala de proficiência por disciplina, como ilustrado no exemplo a seguir:
As
capacidades são apresentadas na prova, por meio de descritores do mínimo do que
os alunos estão aptos nessas duas disciplinas.
A prova de Língua Portuguesa avalia apenas habilidades de
leitura, demonstradas pordescritores
das capacidades em relação a diversos gêneros e
a textos de níveis de complexidade
diferentes, ou seja trabalha todos os elementos que competem a LP
e não a gramática. Está dividida em seis tópicos: procedimentos de leitura;
implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto;
relação entre textos; coerência e coesão no processamento do texto; relações
entre recursos expressivos e efeitos de sentido; e, variação linguística.
A Prova Brasilem 2007,
passou a ser realizada em conjunto com o SAEB.
A partir
das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e
municipais de Educação podem
determinar ações
voltadas ao aperfeiçoamento da qualidade da educação no país e a redução das
desigualdades existentes.
EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
O desempenho do alunoé fruto do próprio envolvimento dele com a aprendizagem, de professores bem informados, de adequados materiais didáticos e do comprometimento de todos envolvidos com a EDUCAÇÃO.
ESTAMOS PRESENTES NA EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS, NÃO SÓ EM CASA. ELAS APRENDEM ATRAVÉS DA IMITAÇÃO, PRECISAM DE UM MODELO PRÁTICO, UM MODELO OU VÁRIOS MODELOS PARA PRODUZIR , QUE SERVIRÁ (ÃO) DE HERANÇA PARA A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE. A CONDUTA DO PROFESSOR INFLUENCIA NO ALUNO, NO APRENDIZADO. A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO É FUNDAMENTAL E CONTRIBUI PARA A FORMAÇÃO CRÍTICA E PARA O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA, ESCRITA E REFLEXÃO. EDUCAR É GERMINAR PENSAMENTOS E EXPERIÊNCIAS QUE AS CRIANÇAS "COPIAM" ATRAVÉS DAS APRENDIZAGENS. NA AQUISIÇÃO DAS HABILIDADES PRÁTICAS, A CRIANÇA NÃO SÓ APRENDE POR IMITAÇÃO AS AÇÕES DOS OUTROS COMO, TAMBÉM, SE APROPRIA DA LINGUAGEM (VERBAL, NÃO VERBAL E CORPORAL)DURANTE AS BRINCADEIRAS E TAREFAS. VIVENCIA NOVAS EMOÇÕES, APRENDE A RESPEITAR E VALORIZAR DIFERENÇAS, E A IDENTIFICAR-SE COM IDEIAS E OPINIÕES.
“Os gêneros são, em ultima análise, o reflexo de estruturas sociais recorrentes e típicas de cada cultura. Por isso, em princípio, a variação cultural deve trazer conseqüências significativas para a variação de gêneros, mas este é um aspecto que somente o estudo intercultural dos gêneros poderá decidir.” (MARCUSCHI, 2002) CONCEITOS:
- Suporte: é onde aparece o gênero. Exemplo: papel, computador, outdoor, televisão, rádio.
- Configuração: é como aparece o gênero.Poem ser: escritos, orais, , simples ou complexos e híbrido (composto por vários recursos de linguagem).
- Gêneros: são realizações lingüísticas concretas orais ou escritas, surgem da nossa necessidade, são empíricos.
O que determina o gênero pode ser a forma, a função, o suporte ou o ambiente em que os textos aparecem. Integram vários tipos de signos verbais, sons, imagens e formas em movimento ou estáticas. Os grandes suportes tecnológicos da comunicação (rádio, televisão, jornal, internet, revista), propicionam gêneros novos. Alguns
exemplos de gêneros
. Alguns
aspectos que devem ser observados na produção e uso do gênero textual:
. Natureza da informação
. Nível de linguagem (formal,
informal, dialetal, culta)
. Situação em que o gênero se
apresenta (pública, privada, solene)
. Relação entre os
participantes
. Objetivos
das atividades desenvolvidas - Tipos textuais: são seqüências lingüísticas e não textos materializados, a rigor, são modos textuais, não são empíricos. Servem para a produção dos gêneros, estão no interior desses. Os tipos textuais são
cinco:
Narração: indica uma ação,
tempo, espaço, personagem
Descrição: é estática, caracteriza
lugares, pessoas objetos, sem as impressões
Injunção: ordens, perguntas, incita a
uma ação.
Exposição: define, conceitua.
Argumentação: defende idéias, atribui
qualidade.
O gênero privilegia a natureza funcional e interativa da língua enquanto o tipo textual se preocupa com o aspecto formal e estrutural.
É importante a prática com gêneros para o processo de letramento do aluno.
Nasci no primeiro
momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.
Tenho sido muitas
pessoas em muitos lugares.
Sou Sócrates,
estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias através do uso de
perguntas.
Sou Anne Sullivan,
tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.
Sou Esopo e Hans
Christian Andersen revelando verdades através de inúmeras histórias.
Sou Darcy Ribeiro,
construindo uma universidade a partir do
nada no planalto brasileiro.
Sou Marva Collins,
lutando pelo direito de cada criança à educação.
Sou Ayrton Senna,
que transforma sua fama de herói esportista em recursos para a educar as
crianças em seu país.
Eu sou Maria
McCleod Bethune, construindo uma grande universidade para o povo, utilizando
caixotes de laranja como escrivaninhas.
Sou Anísio
Teixeira, na sua luta de democratização da educação para que todas as crianças
brasileiras tenham acesso à escola.
Os nomes daqueles
que exercem minha profissão constituem uma galera da fama da humanidade:
Buda, Paulo Freire,
Confúcio, Montessori, Emília Ferrero, Moisés, Jesus.
Eu sou também
aqueles aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e
caráter serão sempre lembrados nas realizações de seus alunos.
Já chorei de
alegria nos casamentos de ex-alunos, ri de felicidade no nascimento de seus
filhos. Permaneci com a cabeça baixa de
dor e confusão, junto as sepulturas cavadas cedo demais para corpos
jovens demais.
No decorrer de um dia eu fui chamado para ser um ator,
amigo, enfermeiro e médico, treinador, tive que encontrar artigos perdidos,
emprestar dinheiro, motorista de táxi, psicólogo, substituto de pai e mãe,
vendedor, político e guardião da fé.
Apesar de mapas,
gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, na verdade não tive nada a
ensinar aos meus alunos porque o que
eles de fato têm de aprender é quem eles são. E eu sei que é preciso um mundo para
ensinar a uma pessoa quem ela é.
Eu sou um
paradoxo.Quanto mais escuto,
mais alta se faz ouvir minha voz, quanto mais estou disposto a receber com
simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho a oferecer-lhes.
Riqueza material
não é um dos meus objetivos, mas eu sou um caçador de tesouros em minha busca de
novas oportunidades para meu aluno usar seu talento e procurar constantemente
seu potencial , às vezes enterrado no sentimento de fracasso.
Eu sou o mais
afortunado de todos os que trabalham.
Um médico é
permitido conduzir a vida no mundo em um momento mágico.A mim é dado cuidar que a vida renasça
a cada dia com novas perguntas, idéias e amizades mais sólidas.
Um arquiteto sabe
que, se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos.Um professor sabe que, se construir
com amor e verdade, sua obra com certeza durará para sempre.
Eu sou um
guerreiro, batalhando diariamente contra a pressão dos colegas, a negatividade,
o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância e a apatia.Mas tenho grandes aliados: a inteligência,
a curiosidade, o apoio dos pais, a individualidade, a criatividade, a fé, o amor
e o riso. Todos vêm reforçar minha trincheira.
...
Agradeço por esta
vida maravilhosa, afortunada em experimentar, tambem a confiança de uma das suas maiores
contribuições para a eternidade, seus filhos.
Tenho um passado
rico em recordações.Tenho um
presente de desafios, cheio de aventuras e alegrias, porque estou autorizado a passar todos os meus dias
com o futuro.
Sou um professor
...e agradeço a Deus por isso
todos os dias.
John W. Schlatter é um ex- professor americano. Seu poema foi extrato
do livroChicken Soup for the
Soul de Jack Canfield e Mark Victor Hansen. Este foi adaptado.
Hoje, a maior dificuldade encontrada na arte de
ensinar é tornar agradável o aprendizado. Proporcionar ao aluno transpor as
dificuldades pessoais e sociais, mediar a aprendizagem e o entendimento do
mundo em que cada criança vive, desenvolver a curiosidade, estimular a
imaginação, promover o prazer de
aprender porque a leitura e escrita
fazem parte do nosso dia a dia. Se o aluno for bem estimulado para
aprendizagem, terá prazer em procurar novas fontes de saber e estará livre para
aprender tudo que aparecer na sua frente.
Não esquecerá o que encontrou e que o conhecimento é limitado por hora.
Para a construção do saber, o
professor deve dispor ao aluno as ferramentas necessárias para seu
desenvolvimento. Precisa repensar o modo de ensinar, aproximando a linguagem da escola com a linguagem
da vida.
O livro de Irandé Antunes, Aula de Português: encontro e interação, apresenta várias indagações e respostas de reflexões sobre a educação que promoverão novas reflexões e conclusões. Ela foca seu trabalho no desenvolvimento da: oralidade, escrita, leitura e gramática trabalhados na sala de aula.
A prática do ensino da leitura e escrita na LP é abordada como inadequada, e não estão de acordo com as idéias e objetivos pretendidos nos PCNs. Retrata a dificuldade que alguns professores têm com a prática de ensino deles com: a escrita, a gramática (trabalham frases soltas ou isoladas e não contextualizadas, apenas definições), a oralidade e padrões de conversação, e com as leituras (obrigatórias e não prazeirosas). Os professores não sabem, na prática, como fazer com essa proposta de melhoria do ensino da linguagem e para que fazê-la .
É preciso que os professores assumam uma postura ativa na sala de aula, façam uma relação entre teoria e prática pata melhorar o desenvolvimento da prática que hoje está presente na realidade da aprendizagem dos alunos.
“Tem uma pedra no meio do caminho das aulas de Língua Portuguesa.
A afirmação é da escritora Irandé Antunes… Nesta obra ela expõe, sem piedade,
os principais equívocos no estudo da disciplina. Sobre a escrita, Irandé aponta
que ainda prevalece em sala de aula a prática mecânica e a memorização pura e
simples de regras ortográficas. A leitura é reduzida a momentos de exercícios e
não desperta o prazer nos alunos. E a gramática é apresentada fragmentada, com
frases inventadas, sem contexto ou função. Mas ela não pára por aí. A
professora dá orientações e sugere atividades para explorar corretamente a
oralidade, a escrita, a prática de leitura e também para refletir sobre as
regras gramaticais. E redimensiona a avaliação, para que ela não seja a
finalidade, e sim a análise da prática”. (Revista Nova Escola)